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Política Impeachment

Oposição não tem maioria para Impeachment

A chegada de Antônio Custódio impede golpe de Aninha e Nilson, que desejam afastar Augusto Alves

12/07/2024 12h33 Atualizada há 5 meses
Por: Redação
Base de Augusto agora tem a firmeza de 5 votos na Câmara, Aninha precisa de 8 para assumir a prefeitura. Imagem: Portal do Trairi
Base de Augusto agora tem a firmeza de 5 votos na Câmara, Aninha precisa de 8 para assumir a prefeitura. Imagem: Portal do Trairi

Na tarde de quarta-feira, 10, um novo capítulo se desenrolou na política de Tangará/RN. O vereador Antônio Custódio anunciou sua adesão ao grupo governista liderado pelo prefeito Augusto Alves, mudando drasticamente o cenário político local e enfraquecendo a manobra orquestrada pela presidente da Câmara Municipal, Aninha Viana, e pelo vereador Nilson Lima.

Aninha e Nilson  arquitetaram um pedido de impeachment contra Augusto Alves, pautado às pressas para uma sessão extraordinária na manhã de ontem, 11 de julho. No entanto, o pedido, mal fundamentado, se quer, apresenta crime de responsabilidade. A chegada de Antônio ao grupo governista desmantela a possibilidade de sucesso dessa articulação, uma vez que agora a oposição não possui os votos necessários para a cassação do prefeito.

Ambições e Frustrações Políticas

Aninha Viana, que sonha em ser prefeita, vê suas chances diminuírem ainda mais. Desde que tentou ser prefeita no passado, nunca conseguiu ultrapassar 6% do eleitorado, conforme pesquisas internas. Tentou ser vice na chapa de Augusto Alves, mas foi preterida em favor de Shayanna Paiva, indicada pelo MDB. Shayanna é filha de Salvinho e Miriam, ambos com um histórico político forte na cidade.

Amargurada pela rejeição e temendo uma nova derrota nas urnas, Aninha buscou uma vingança política ao tentar derrubar Augusto Alves. Nilson Lima, por sua vez, autor da articulação, visava agradar ao eleitorado Bezerra e complicar a vida de adversários políticos como Wilson Fonseca, Cezinha Barbosa, e a própria Aninha.

O Jogo Político e Suas Consequências

Nilson Lima parecia ser o único a ganhar com a manobra, enfraquecendo seus adversários diretos. A situação se tornou um dilema para os vereadores ligados a Lilico: votar contra o impeachment desagradaria sua base, enquanto votar a favor geraria problemas com eleitores que não apoiam a medida, mas também os acompanham para vereança.

Eleitores de Wilson, historicamente ligado aos Alves, de Cezinha Barbosa e da própria Aninha, ameaçam deixá-los caso votem pela cassação do prefeito, alguns já anunciaram apoio a novos candidatos já na manhã de ontem. Apenas Nilson, que estaria com boa parte de suas bases preservadas, devido ao radicalismo contra o grupo que hoje administra a cidade.

Apesar de ter votos para abrir o processo de cassação, com a adesão de Antônio Custódio ao grupo de Augusto Alves, a oposição, que precisava de 8 dos 11 votos para cassar o prefeito, agora conta apenas com 6. Isso torna impossível a aprovação do impeachment. Augusto Alves, que possui mais de 80% de aprovação popular, permanece firme no cargo, enquanto a oposição se vê cada vez mais enfraquecida e sem alternativas viáveis para ressuscitar seu projeto político.

O Jogo de Nilson Lima começou a funcionar. Após votação de ontem eleitores de Cezinha, Aninha, Wilson e até o próprio Nilson começaram a abandonar suas intenções de voto. Optando por pré-candidatos da base do prefeito. Um exemplo foi Chude do Trairi, que estava firme com Cezinha, mas que já o deixou para acompanhar Caio Cezar, filho de Carlos Bento, secretário de Agricultura. O movimento deve se acentuar nos próximos dias, dificultando aos vereadores de Lilico casar votos com Augusto Alves.

 

Foto
Chude do Trairi deixou Cezinha e agora vai votar com Caio Cezar. Imagem: Portal do Trairi

 

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